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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Meu coração é teu, meu amor.
O meu corpo inteiro, os meus olhos e o meu completo querer.
Quando falo em ti, meu rosto se ilumina por completo, como se os meus ânimos cantassem um hino de euforia. Como se estivesse recebendo a cada segundo, algo que eu precisava muito, mas não sabia. Creio que é algo parecido com aquela corazonada que devem ter os que ganham na loteria, como a sensação do casal que depois de anos tentando um filho, são surpreendidos com a noticia de que o enjôo e tontura que ela sentia era porque bebê é grande, forte e já tem 14 semanas. Receber o esperado que já não se esperava mais. Assim me encontraste quando chegaste até mim e me fizeste mudar meu rumo.
E tenho que te confessar que por vezes me encontro pensando na sorte que eu tive de por casualidade cruzar o teu caminho, e atrair tua atenção, e de que me queiras tanto. A sorte que eu tive ao sair do sul e cruzar o mundo até o norte, e te encontrar entre tanta e tanta gente que não eras tu. O destino deve ter cochichado com o acaso: "Tarefa cumprida!", quando os teus lindos olhos se apaixonaram pelos meus. Agora eu sou pra ti, de ti e de mais ninguém.
As ervas daninha crescem sim, meu bem, mas em jardins que não são cuidados.
A infelicidade e a desgraça quase sempre têm como raiz a concessão. Às vezes também pelo mau agouro. Mas aqui não é assim.
Eu não temo ao que a maioria dos pares costumam temer, porque confiar é questão de escolha, e não me resta crer em outra coisa uma vez que tenho mais certo do que nunca que a minha casa é no teu peito. E quero que te assegures disso tanto quanto eu.
Tudo em mim celebra você.
Tu és a minha boa ventura, és a minha paz ao me deitar e a minha adrenalina quando desperto pra conquistar um mundo pra dois.....................................................................................................................


Por Dani Cabrera

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Pequeno Conto da Vida Real

Quando chegou chovia.
Era o último dia do ano em que a conheceu, e se sentia tão orgulhoso disso, tão feliz por haver existido o segundo dia do sétimo mês, e aquela fila tão grande, e aquela amiga que por sorte do destino era amiga em comum.
A cada passo que dava em direção a casa dela, cantava com o peito um hino de devoção ao acaso, com um sorriso desses bobos que as pessoas desentendidas insistem em etiquetar como sinal de loucura – talvez esteja mesmo louco -, caminhava como que quase dançando, quase um rei, e se sentia a pessoa mais afortunada do mundo. Mais afortunado inclusive do que todos aqueles que tiveram a sorte de, naquela mesma noite, ocupar as varandas dos edifícios que existem diante do mar de Copacabana pra estourar champagne, estourar os últimos segundos de um ano mais, acenar bonito pras novas oportunidades. Sentia-se silenciosamente feliz, e digo silenciosamente porque Coruña fazia muito frio e as ruas estavam completamente vazias ainda, e o chão parecia bronze polido, brilhante pela chuva fina que caía preguiçosamente. E ainda, silenciosamente, por estar dentro daquele pequeno intervalo de tempo e de espaço que transcorria entre o final da rua estreita de pedra e os oito níveis de escadarias que os separavam. Mas acelerou, e a viu gritar seu nome da janela do quarto andar. Sorriu outra vez, e agora já não tão silenciosamente.
Quando chegou ela era sorrisos, e de uma maneira curiosa sorria ainda mais bonito, parecia haver guardado o melhor do dia para quando seu amor chegou.
Era alegria, era elogios e beijos, e fê-lo ter certeza de que de fato era um rei, o seu rei.
Quando chegou até ela, chegou com o próprio coração na mão direita estendida, como se fosse tudo o que podia oferecer. E era. Esse era o lado de dentro.
Mas do lado de fora, quando chegou, ela era o abraço quente apertado que o fez quase esquecer que fora fazia muito frio se não fosse pelo nariz ainda gelado que tocava o rosto dela. Eram um par, tinha assim a certeza de que agora já não faltava mais ninguém.
E a casa se encheu dos dois.

Por Dani Cabrera