tag:blogger.com,1999:blog-36539431078522929902024-02-02T08:19:46.255+01:00O Que Eu Não DisseDani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-9970505351579218352010-02-04T14:12:00.004+01:002010-02-04T14:36:54.145+01:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoOGFlOaQonZFa2nWriMTyJGkEywXToIt5WGwV2JufqHBc_VYMtelHtPurMy2p9xqZKNIPBm4r7NKnZYOvBk8gSy4r6JAqPzz34xp44sNXK_0uX9f54-qvb-MVJabDUyNXBObtU78KoMr7/s1600-h/kiss-6.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoOGFlOaQonZFa2nWriMTyJGkEywXToIt5WGwV2JufqHBc_VYMtelHtPurMy2p9xqZKNIPBm4r7NKnZYOvBk8gSy4r6JAqPzz34xp44sNXK_0uX9f54-qvb-MVJabDUyNXBObtU78KoMr7/s400/kiss-6.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434378211808821762" /></a><div style="text-align: justify;">Meu coração é teu, meu amor.</div><div style="text-align: justify;">O meu corpo inteiro, os meus olhos e o meu completo querer.</div><div style="text-align: justify;">Quando falo em ti, meu rosto se ilumina por completo, como se os meus ânimos cantassem um hino de euforia. Como se estivesse recebendo a cada segundo, algo que eu precisava muito, mas não sabia. Creio que é algo parecido com aquela <i><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;">corazonada</span></b></span></i> que devem ter os que ganham na loteria, como a sensação do casal que depois de anos tentando um filho, são surpreendidos com a noticia de que o enjôo e tontura que ela sentia era porque bebê é grande, forte e já tem 14 semanas. Receber o esperado que já não se esperava mais. Assim me encontraste quando chegaste até mim e me fizeste mudar meu rumo.</div><div style="text-align: justify;">E tenho que te confessar que por vezes me encontro pensando na sorte que eu tive de por casualidade cruzar o teu caminho, e atrair tua atenção, e de que me queiras tanto. A sorte que eu tive ao sair do sul e cruzar o mundo até o norte, e te encontrar entre tanta e tanta gente que não eras tu. O destino deve ter cochichado com o acaso: "Tarefa cumprida!", quando os teus lindos olhos se apaixonaram pelos meus. Agora eu sou pra ti, de ti e de mais ninguém. </div><div style="text-align: justify;">As ervas daninha crescem sim, meu bem, mas em jardins que não são cuidados.</div><div style="text-align: justify;">A infelicidade e a desgraça quase sempre têm como raiz a concessão. Às vezes também pelo mau agouro. Mas aqui não é assim.</div><div style="text-align: justify;">Eu não temo ao que a maioria dos pares costumam temer, porque confiar é questão de escolha, e não me resta crer em outra coisa uma vez que tenho mais certo do que nunca que a minha casa é no teu peito. E quero que te assegures disso tanto quanto eu.</div><div style="text-align: justify;">Tudo em mim celebra você. </div><div style="text-align: justify;">Tu és a minha boa ventura, és a minha paz ao me deitar e a minha adrenalina quando desperto pra conquistar um mundo pra dois.....................................................................................................................</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por Dani Cabrera</div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-70538582974175880422010-01-08T04:56:00.000+01:002010-01-08T05:02:11.319+01:00Pequeno Conto da Vida Real<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVuOmZIEc4W1MqPiQ4clSsKKYhYsBMPNi5WGBbHxekhL62yX-kIRQWo7ZxW1Nw-fzLdHzzi02HTScESQfXcInnIDfVEXJM_kbwFYYV7PvuAY9GwYW1b2TCdRMF4EBZMA5XUJG0In5xnKHR/s1600-h/nochelluvia2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5424212568648006626" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVuOmZIEc4W1MqPiQ4clSsKKYhYsBMPNi5WGBbHxekhL62yX-kIRQWo7ZxW1Nw-fzLdHzzi02HTScESQfXcInnIDfVEXJM_kbwFYYV7PvuAY9GwYW1b2TCdRMF4EBZMA5XUJG0In5xnKHR/s400/nochelluvia2.jpg" /></a> <div style="TEXT-ALIGN: left">Quando chegou chovia.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Era o último dia do ano em que a conheceu, e se sentia tão orgulhoso disso, tão feliz por haver existido o segundo dia do sétimo mês, e aquela fila tão grande, e aquela amiga que por sorte do destino era amiga em comum.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">A cada passo que dava em direção a casa dela, cantava com o peito um hino de devoção ao acaso, com um sorriso desses bobos que as pessoas desentendidas insistem em etiquetar como sinal de loucura – talvez esteja mesmo louco -, caminhava como que quase dançando, quase um rei, e se sentia a pessoa mais afortunada do mundo. Mais afortunado inclusive do que todos aqueles que tiveram a sorte de, naquela mesma noite, ocupar as varandas dos edifícios que existem diante do mar de Copacabana pra estourar champagne, estourar os últimos segundos de um ano mais, acenar bonito pras novas oportunidades. Sentia-se silenciosamente feliz, e digo silenciosamente porque Coruña fazia muito frio e as ruas estavam completamente vazias ainda, e o chão parecia bronze polido, brilhante pela chuva fina que caía preguiçosamente. E ainda, silenciosamente, por estar dentro daquele pequeno intervalo de tempo e de espaço que transcorria entre o final da rua estreita de pedra e os oito níveis de escadarias que os separavam. Mas acelerou, e a viu gritar seu nome da janela do quarto andar. Sorriu outra vez, e agora já não tão silenciosamente.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Quando chegou ela era sorrisos, e de uma maneira curiosa sorria ainda mais bonito, parecia haver guardado o melhor do dia para quando seu amor chegou.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Era alegria, era elogios e beijos, e fê-lo ter certeza de que de fato era um rei, o seu rei.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Quando chegou até ela, chegou com o próprio coração na mão direita estendida, como se fosse tudo o que podia oferecer. E era. Esse era o lado de dentro.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Mas do lado de fora, quando chegou, ela era o abraço quente apertado que o fez quase esquecer que fora fazia muito frio se não fosse pelo nariz ainda gelado que tocava o rosto dela. Eram um par, tinha assim a certeza de que agora já não faltava mais ninguém.</div><b><div style="TEXT-ALIGN: justify">E a casa se encheu dos dois.</div></b><div><b><br /></b></div><div><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Por Dani Cabrera</span></i></div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-88618115252199539272009-07-21T18:01:00.004+02:002009-07-21T19:07:59.128+02:00Ode de Um Coração à Espera<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNyXftUf63iaWboZZo3sGBJbb2M_qtRNJWvzPlp8Xv3Ak5VQCd9__IMHCvusAbgBw96x2OoaHHHvknPFaidujRMJHHBsGPql4h-TAPwRXB7FOGE8zOewL_mX3DmuDkFG5OEQBEubiDtxfI/s1600-h/56006674.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNyXftUf63iaWboZZo3sGBJbb2M_qtRNJWvzPlp8Xv3Ak5VQCd9__IMHCvusAbgBw96x2OoaHHHvknPFaidujRMJHHBsGPql4h-TAPwRXB7FOGE8zOewL_mX3DmuDkFG5OEQBEubiDtxfI/s400/56006674.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360959685261974962" border="0" /></a>Sexta-feira ela virá.<br />Não sei se o detalhe de saber o exato dia em que ela virá me ajuda ou me consome. Ao menos eu sei que ela virá e que quando ela chegar a ansiedade vai esvair-se pelos poros das minhas mãos quando encontrarem as mãos dela. E aí o meu coração vai poder sair desse estado de suspense constante, e as minhas unhas voltarão a crescer.<br />Quando ela vier, virá com ela o meu sorriso incontido, e lhe entregarei numa caixa todos os beijos que acumulei por esses dias que não pude encontrá-la, e os meus braços vão ser pequenos demais pra todos abraços que guardei, e que a ela – <span style="font-weight: bold; color: rgb(153, 51, 153);">só a ela pertencem</span>.<br /><br /><span style="font-size:85%;">Por Dani Cabrera</span>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-5688454075370091862009-07-17T02:27:00.006+02:002009-09-01T19:49:02.991+02:00Nostaré<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2mTU7GoN0CxR-AA3DUC1Dwsc5HiTPoZ50fzcHkzinSeF0nt3MFtFCb5U9xMCgO2HHPw1rC0OjsMPUrqMuoB6semoXSd9nKrakGKNOk43v1mey39M4ce2GF4IUvhCnyJUNuqzt1y7V6rLb/s1600-h/IMG_0793.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px; display: block; height: 300px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359223702413624754" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2mTU7GoN0CxR-AA3DUC1Dwsc5HiTPoZ50fzcHkzinSeF0nt3MFtFCb5U9xMCgO2HHPw1rC0OjsMPUrqMuoB6semoXSd9nKrakGKNOk43v1mey39M4ce2GF4IUvhCnyJUNuqzt1y7V6rLb/s400/IMG_0793.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify">"Y el viento corta mi boca pero no lo suficiente como para que no puedan curarmela los besos de otra. Y desayuno lo que sabes que me gusta, aunque preferiría desayunar tu piel, si no fuera porque te asusta. </div><br /><div align="justify">Y no volveré a dejar que mis lagrimas me impidan ver tanta belleza como tengo a mi alrededor. </div><br /><div align="justify">Tan lejos te siento, tan cerca y tan cerca, te sentí tan lejos, ahora no me quejo, yo lo consentí. Insistí en quererte, y ahora que no sé si insistir tu insistes en quererme, <strong><span style="color: rgb(255, 0, 0);">paradoja constante del amor</span></strong> cuando te vas me quedo yo, cuando me voy tu te quieres quedar. Pero otra vez nostaré, la próxima vez nostaré.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Aunque te eche de menos, nostaré...".</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">(Bebe_ Nostaré)</div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-75106978320793525352009-04-03T04:38:00.003+02:002009-04-03T04:50:16.119+02:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglnJG2j8Gyd09M1xthpepI1QYaST4wTe966BXRbq5QSmbiATlUVg7FigzHMgkxfcQbSyyMzP-zwSPKpup_8LPncs4MvFIroQw1mlAOFnjbEcOT7ylMKWvh1HAjkcFYG1HETaQUfUj11b9f/s1600-h/florpromeubem.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5320291948251203922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 283px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglnJG2j8Gyd09M1xthpepI1QYaST4wTe966BXRbq5QSmbiATlUVg7FigzHMgkxfcQbSyyMzP-zwSPKpup_8LPncs4MvFIroQw1mlAOFnjbEcOT7ylMKWvh1HAjkcFYG1HETaQUfUj11b9f/s400/florpromeubem.jpg" border="0" /></a> <div align="justify">"...E sabe que acho que essa força bonita de mim nasce dos lugares mais mofados e lodosos que uma pessoa pode chegar, e sabe também, que acho que a melancolia me cai bem – me faz mais realista, mais condimentada, como eu deveria ser. É estranho também, ver a necessidade mórbida da maioria das pessoas. Pode perceber: os mais admirados são os que mais sofreram, ou de doença, ou de fome, ou de amor... Mas nessa eu não vou me enquadrar: não vou morrer de AIDS (como os gênios da melancolia de hoje em dia) nem de tuberculose (como os do passado). Vou viver, meu bem, e só vou me entregar à morte se o motivo for amar demais. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Acho que vou morrer de amor...".<br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>(Dani Cabrera, Trecho de "Os Impublicáveis")</em></span></div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-53199367246796555492009-02-06T16:19:00.003+01:002009-02-06T16:31:45.681+01:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgas15AVS0psehNpVnxgbI01OwVOzZDNt7ZGLegq4WFS5f9yGqSCQEUETgB9j39CWyDXZlhBa_2GDhyhI8zXvK4LGsLQwgM8LWyseIe2pJbS5oplfKnuWQYhvgiXkH5yZHwCUO1zSqq5hXr/s1600-h/deixouoamorpassar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5299707355203694162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 369px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgas15AVS0psehNpVnxgbI01OwVOzZDNt7ZGLegq4WFS5f9yGqSCQEUETgB9j39CWyDXZlhBa_2GDhyhI8zXvK4LGsLQwgM8LWyseIe2pJbS5oplfKnuWQYhvgiXkH5yZHwCUO1zSqq5hXr/s400/deixouoamorpassar.jpg" border="0" /></a> <div><div>"...Não quero te confessar que morro ao ver-te com outro alguém, também não quero dizer que por vezes a minha boca tentou te dizer que ao meu lado tu seria a pessoa mais feliz do universo! Essa sempre foi a minha missão e você sempre teve tanta certeza disso quanto eu, lá nos lugares mais profundos e recriminados por você e em você mesma. Sabes que o meu amor é só teu, mas me afogas dentro de si, me aprisiona e não me deixa sair, chora diante de mim, me acorrenta e grita socorro sem que eu possa te salvar! Os meus passos eu dei, um a um, mas você temeu cair no rio, não confiou na firmeza da ponte que eu construí pra você. Talvez, meu bem, tenhamos sido amaldiçoados com a felicidade de encontrar o amor em corpos errados ".</div><br /><div>(Dani Cabrera - Trecho de "Os Impublicáveis")</div></div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-62029118090813149272008-09-07T22:07:00.003+02:002009-03-26T18:35:05.946+01:00Algumas Energias...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3rfZLQ2AIH3Hhy8pC8AAMZ5DYYj2xTp4HKQhRm3ndDXXpzfrC9iP5sGo6XGygErkSX8ELZaGsneoiLwnZqxP6epAshirh5UtvZHNBOj20c5jTAF1-dG1TWWoZSO_2C6142362kL02B7q/s1600-h/576132_33020610.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5317551209719497266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3rfZLQ2AIH3Hhy8pC8AAMZ5DYYj2xTp4HKQhRm3ndDXXpzfrC9iP5sGo6XGygErkSX8ELZaGsneoiLwnZqxP6epAshirh5UtvZHNBOj20c5jTAF1-dG1TWWoZSO_2C6142362kL02B7q/s400/576132_33020610.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGeHme13U9As9Nqf6NugjqzDbBtz4BSbDoKwITUmyk2Hs7dopP9FF7E8XE-celsjo9N1wCENCpi474TR53mbhsK97LiLOECMr7XqnzoWVlH_BCwj_9zejiPVWcXDwi_QWoUyZoe70uoJpS/s1600-h/916211_87618220.jpg"></a>Sabe que gosto desta sensação que te causo, de que a qualquer momento posso escoar, escorrer por entre os teus dedos tímidos e <em>bá-bau</em> - sumir da tua vida? Tua cara de pavor é a-pai-xo-nan-te! Especialmente apaixonante. Não é que eu ache que os relacionamentos devam ser compostos de neuroses e pânicos, só que é bom ver que você não vive mais sem mim. (Não te deixo, jamais. Não sou tão forte assim). Mas você que já não é um mero iniciante, sabe virar o jogo até nas encenações que faço pra excitar nossas <em>DR's</em>. E eu gosto disso também, nossas guerrilhas simuladas.<br /><br /><div></div><br /><br /><div>É que teus agrados são perigosos demais, são paredes e paredes que se levantam nesse labirinto de você que eu não consigo mais achar o fim: uma saída. Não há.</div><br /><br /><div>Tuas palavras doces estão carregadas de correntes de amor. São também artifícios que me prendem, e me prendem, e me roubam o ar. Me fazem cada vez mais dependente de ti. </div><br /><br /><div>Amoleço. </div><br /><br /><div>Não posso mais escapar.</div><br /><br /><div></div><br /><div>E você devia era se orgulhar quando confesso que queria fugir de você, pra longe - e que até tentei, às vezes até tento - mas não consigo: há algo mais apaixonado que isso? Todas as correntezas deságuam ao teu lado.</div><br /><br /><div></div><br /><div>Sorria meu bem.</div><br /><div>Minha vida é todinha tua!</div><br /><div></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div><em><span style="font-size:85%;">Por Dani Cabrera</span></em></div></div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-8061199836943677802008-08-29T20:02:00.004+02:002008-08-29T20:11:15.710+02:00Mata Cerrada (Recusas)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEbMn50a9KIviAE9I_qFRf8_YdGdbulxfo7IXWmPulAZZd6jhxllRy1-WKM8WYOyFOwZWF-5uegaMiBISN9fCn2aYM5cgGGfHvzNtaXHlYsujC-8hutopUxKAl7mJrTSwotL50r0jpv5og/s1600-h/sb10068977bu-001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240002656723439890" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEbMn50a9KIviAE9I_qFRf8_YdGdbulxfo7IXWmPulAZZd6jhxllRy1-WKM8WYOyFOwZWF-5uegaMiBISN9fCn2aYM5cgGGfHvzNtaXHlYsujC-8hutopUxKAl7mJrTSwotL50r0jpv5og/s400/sb10068977bu-001.jpg" border="0" /></a> Tente dizer então sobre o que lateja no peito.<br />Ouse tentar explicar, com beleza se possível, o que se passa nesse teu mundo secreto, desconhecido – porque assim o decidiu – por covardia ou por proteção. Cospe estas palavras tão cheias de, que vem com ímpeto de algum lugar daí, represa cansada dos limites que deram, rompe os muros, agora sem esmero algum. Claus-tro-fo-bi-a! Lance em folhas o teu oráculo, o teu mistério indecifrável. Mas desabafe, ou abafe pra fora. Coragem! Porque não é bom viver assim tão só, homem, nesse mundo interno. Sabe que descobriram que aquela doença ruim é procedente de tantos gritos de dor silenciados? O grito se faz massa, homem, e te consome até a matéria, não só as emoções.<br />Como é estranho tudo por aqui. O abstrato é traiçoeiro, capaz de se fazer sólido apenas pra dançar contigo aquela dança de facas em punho, e te pegar distraído, ou destemido demais. Faca no baço (ou no peito). Fatal. Proteja-se homem. Mas não amargue jamais.<br />Não tenha medo dos moços, nem do sorriso ofertado. Não se recolha nos dias bonitos – vale a pena sair pra olhar o céu -, não recuse presentes, não se prive do novo. Seja sabiá, seja sanhaço de grito estridente, bicho-solto – no bom sentido da palavra. Tente ser contente, prudente, decente, mas perceba que a indecência não é sempre tão má assim. Às vezes é o que te resta antes da loucura. Conserve-se são dentro das tuas loucuras. Mas não deixe de ser louco também, afinal gente normal não sonha. Mas tu, não deixes de sonhar. Aprenda a temperar a vida. Escolha as tuas verdades e se agarre à elas, fortaleça-se nela, as cartas estão sobre a mesa porque o jogo já começou. Você não percebeu, homem? Mas se você escolher o nada, as circunstâncias te levam feito bolsas vazias ao vento, feito palha, amigo.Vai ficar tonto –ouve o que te digo. Uma dica: a verdade pode ser qualquer uma, qualquer uma que te dê força o suficiente quando as tuas se acabarem, quando a tua esperança morrer por completo. Um homem sem esperança não tem utilidade alguma, nem pro mundo nem pra si mesmo. Vegetal.<br /><br />Bom mesmo é viver pra fora, honey. Há quem diga que teremos uma nova chance. Há quem acredite que a oportunidade é essa. Entre o certo e o incerto de tantos achismos, e crenças, prefiro não colocar em cheque a possibilidade de acontecer aqui e agora. Não quero estar sem azeite o suficiente pra manter a minha lâmpada acesa enquanto eu tiver medo do escuro. Ou até que eu esteja num lugar seguro o suficiente pra não sentir mais medo dos bois-da-cara-preta. Porque até você tem, assuma.<br />Vamos, me dê logo a tua mão e levante-se desse chão musguento, limpe os joelhos e a bunda homem. Fortaleça esses teus joelhos cansados. Tire essas máscaras tristes de <em>clown</em>, de <em>pierrot</em> abandonado que a vida te fez sentir obrigado a usar, esboce um sorriso bonito e vamos à luta.<br /><br />Ainda vale a pena.<br /><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">Dani Cabrera</span></em>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-90415462856323181682008-08-27T05:29:00.002+02:002008-08-29T17:33:34.105+02:00À PROVA DE PÉTALAS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODbkYY3WBt5JyXwmOjNVDUskHhTkPwL9y8y4j8pVYx6OCvc0DM3JllWBJpX1wt4U3eC3_VeoWiNbLLpGqLHMA51ORrtt3JUsQ7hHFp8yj_Da9xiN_Xmut_1hYuxB4YX9RV4uaH9ElrZlf/s1600-h/200317742-001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5239036021001022386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODbkYY3WBt5JyXwmOjNVDUskHhTkPwL9y8y4j8pVYx6OCvc0DM3JllWBJpX1wt4U3eC3_VeoWiNbLLpGqLHMA51ORrtt3JUsQ7hHFp8yj_Da9xiN_Xmut_1hYuxB4YX9RV4uaH9ElrZlf/s400/200317742-001.jpg" border="0" /></a> O que é que se faz quando se tem a sensação de perder o controle?<br /><br />Parece que depois de tanto correr, eu olhei pro lado e vi que a esteira rolante da vida (debochada) me pôs outra vez vulnerável ao não te ter. E bom é pra mim, por mais que doa. É bom pra você e pra nós. Enfim, eis o dia em que provaremos para nós mesmos o pra sempre que sempre desejamos. Eis o momento meu bem, em que você vai saber quem eu fui o tempo todo pra você, e de que tipo de amor você tem por mim.<br /><br />Não demore não. Meu coração aperta e eu sinto um frio terrível, mas pra você eu vou sorrir sempre. O meu medo não vai sobrepor, nem se tornará real por conta de cuidado excessivo. Mas se você soubesse que por ti desisti da eternidade, se você percebesse que pra você eu sou eterno. Se toda aquela bobagem ditada saísse da tua cabeça, deixasse de ser aquela cortina de bambus entre nós... Meu bem, o que clama de mim em você é todo o melhor de mim que eu já te dei em todas as oportunidades que tivemos e fabricamos. Agora me sinto vazia, não de amor – pelo contrário! – mas vazia de tentativas. Fiz tudo. Dei até a última gota do meu suor pela nossa casinha de campo, pra que você percebesse que eu sou o tal esperado amor-da-tua-vida-inteira, que você - desde que aprendeu a querer, sonhou. Meu amor, a vida há de passar, não me jogue num poço escuro. Não aperte o nosso travesseiro contra esse amor, não o diga pra deixar de sussurrar aquela canção que só não é mais bela que o teu olhar.<br /><br />Agora fui entregue ao acaso, eu com toda a grandeza que se chama você em mim.<br />E você sabe que sou eu quem combina com você, e que as nossas manhãs acordam sorrindo. Você sabe que as nossas frases se atropelam com o mesmo som e as mesmas palavras. Você sabe qual a velocidade média do meu coração ao te encontrar, sabe dos “acidentes” de entusiasmo que acontecem no meu peito só de ouvir o teu nome. Pra quê dizer-te tão explicadamente, se eu sei que se eu tentar dizer vou ouvir de ti um “eu sempre soube”, ou um sorriso embaçado pelos medos dos fantasmas que tentam nos pegar? Ou pior. Por isso te espero, porque sei que todo bom fruto tem que primeiro amadurecer antes de ser colhido. Por isso sufoco essa imensidão no meu peito e te apresento somente o brilho dela através dos olhares e dos sorrisos que te oferto. Porque eu sinto falta da tua pele na minha, do teu nariz no meu pescoço, da tua mão na minha. Da tua boca tímida na minha. Da tua voz. Dos teus abraços. Por isso torno um tanto impublicável tudo isso que venho aqui escrever toda noite quando a garganta embola.<br /><br />Por isso minha alma se acende ao receber de ti um convite para uma simples ida ao mercado, ao dentista. Por isso a cada vez que esmoreço volto à tona logo logo, e aposto minhas fichas todas (e minha vida) no mais legal que há entre nós. E pelo que vejo refletir de ti, acredito e não pretendo desistir. Porque cedo ou tarde, hoje ou amanhã, esse amor de imã vai permanecer aos trancos e aos barrancos.<br /><br />Foi pelo teu sorriso que eu entreguei todo medo em praça pública, foi em troca de nós dois juntos que eu decidi pular do alto do Himalaia. Voei e não caio.<br /><br />Teu amor me salvou da tristeza!<br /><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">Por Dani Cabrera</span></em><br /><em><span style="font-size:85%;"></span></em><br /><em><span style="font-size:85%;"></span></em><br /><em><span style="font-size:85%;">*Este texto é o texto base, numa versão mais romântica do que lírica, do qual nasceu o texto "<a href="http://doamorquesinto.blogspot.com/2008/07/da-confiana-que-me-alegra-alma.html">Da Confiança Que Me Alegra a Alma</a>", postado em Do Amor Que Sinto. </span></em>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-47283533364785831462008-08-27T05:25:00.002+02:002008-08-29T17:27:19.658+02:00DAS MINHAS INSATISFAÇÕES<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7OS7q97cELpZIVuKza1IEVwo6Ptt8Pb2Tyh_iQl82iZpB2mAaXbgiwhrDT_0N0Fr5Y6o4iL1eKBjuHOn-UYZ2Gyc1wKD9xP7rSgqbNIOXmmNossTLp49VHN4gHmfp5Nm5HjbWh4ViTYBW/s1600-h/200518298-001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5239034019982109074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7OS7q97cELpZIVuKza1IEVwo6Ptt8Pb2Tyh_iQl82iZpB2mAaXbgiwhrDT_0N0Fr5Y6o4iL1eKBjuHOn-UYZ2Gyc1wKD9xP7rSgqbNIOXmmNossTLp49VHN4gHmfp5Nm5HjbWh4ViTYBW/s400/200518298-001.jpg" border="0" /></a> <div>Sim.<br />Talvez eu esteja mesmo precisando de algumas horas num pára-pente para aliviar este sufoco.<br />Talvez asas, mesmo que artificiais, me tirem desse inconvenientíssimo que me invadiu a vida e a mente. E quando estou assim prefiro calar e pensar por eternos milésimos de segundos, e depois disso, sou espumante as zero hora de primeiro de janeiro do ano que você quiser.<br />Explodo – me ocorre.<br /><br />E me ocorre desta forma porque desde muito pequena não caibo em quadradinhos, nem em formas de boas maneiras. Meus cabelos esvoaçam ainda que eu use gel. Meus passos nunca têm a mesma distância uns dos outros. Minhas escolhas - me disseram um dia - que eram MINHAS escolhas e eu acreditei sem duvidar. E não me chame de “rebelde sem causa”, já não tenho idade e paciência para tanto.<br />Eu ainda tenho direito de ter uma opinião. Ainda tenho escolhas!<br /><br />Mas esse teatro mórbido me cansa. Esse retrato remendado...<br />Desbotado...<br />A liberdade parece ter sido colocada dentro de uma garrafa, no lugar do gênio da lâmpada que saiu dali pra colocar anel de doutor e apontar (acusando) pra toda tentativa de felicidade.<br />Essa felicidade mentirosa baseada em promoção de senhores feudais não me convence. Recuso-me a passar por aqui e ser como quem nunca soube quem era em si!<br /><br />Onde esconderam a humanidade do homo sapiens?<br />E aquele sopro?<br />Em que geladeira foram escondidos os corações dos famosos “homens de bem” ?<br />Por que não abraçam suas próprias glórias, bem como suas próprias misérias e vêem que não se pode ser diferente daquilo que ainda não se sabe que é?<br />Por que é mais fácil estender o dedo em riste com seus conceitos pré-formados do que é ou não “anomalia” do que estender o braço pra salvar da lama aquele que você mesmo empurrou?<br />Por que todas as piadas só têm graça quando ofendem a alguém?<br />Por que pintar uma parede (que é muito mais trabalhoso) é mais interessante do que plantar uma muda de girassol?<br />Adeus ao primordial!<br />Por que todos têm o tempo todo que ser punido pelas omissões dos senhores da lei? Digo, por suas próprias escolhas e suas conseqüências? Transgressores!<br />E se ele escolher jogar-se em alto mar? E se ele se afogar?<br />E você, “salva-vidas”, assistindo tudo com o coração brando e dizendo: “Sim, jogou-se porque queria morrer, entrar água em seus pulmões é conseqüência da vontade de morte!”.<br />Por que a misericórdia é vista como algo só de cima pra baixo e nunca no horizontal?<br />Por que Deus deveria ter misericórdia de quem oprime e sentencia?<br /><br />O coração de Caio estava ferido de amar errado.<br />O meu coração está ferido de esperar demais!<br />Todos os dias alguém se vai.<br />Todos os dias alguém desiste, mas eu não abro mão por perseguição.<br />Não me venham com “enlatados”, não me ofereçam esmolas.Algemas de frustração.<br /><br />Porque minhas asas ainda estão brancas. E não se aprisiona os que sonham.<br />E os meus passos eu não os deixo contar, nem permito que toquem meus lábios.<br />Porque o meu grito ecoará por toda a terra e assim estarei satisfeita.<br />Ainda que eu não mude o mundo, e na verdade não tenho essa pretensão, mas que alguém e mais alguém, e mais alguém veja que ainda existe esperança e luta.<br /><br /><br /><em><span style="font-size:85%;">Por Dani Cabrera</span></em> </div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3653943107852292990.post-38864400426187410532008-08-27T02:51:00.004+02:002008-08-27T03:00:30.518+02:00DOIS OU TRÊS ALMOÇOS. UNS SILÊNCIOS.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8FuNlu1eWSMmCUPH_QEJQzeoohPOkdJOOF7ZKuqe8isR2gnqeJCbgTFXYMt-05IGEMk4Xpey6ZYN_TobZrBsMweFhvDvg5s907L0MiPp7YN3cjdfBEiqUCu7Nyvkwg42JkHCFVzwH_MbF/s1600-h/8.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238995361245975426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8FuNlu1eWSMmCUPH_QEJQzeoohPOkdJOOF7ZKuqe8isR2gnqeJCbgTFXYMt-05IGEMk4Xpey6ZYN_TobZrBsMweFhvDvg5s907L0MiPp7YN3cjdfBEiqUCu7Nyvkwg42JkHCFVzwH_MbF/s400/8.jpg" border="0" /></a> <div>Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. </div><div></div><br /><div>Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos. </div><br /><div>Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas. </div><div></div><br /><div>Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece. </div><br /><div></div><div>De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia. </div><br /><div>Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria. </div><br /><div></div><div>Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.</div><br /><div></div><div></div><br /><div><em><span style="font-size:85%;">Caio Fernando Abreu</span></em></div><div><em><span style="font-size:85%;"></span></em> </div><div><em><span style="font-size:85%;"></span></em> </div><div><em><span style="font-size:85%;"></span></em> </div><div align="justify">/// Nada melhor que Caio F. para abrir um BLOG. Sejam bem-vindos ao que eu não disse. Espero que gostem.</div>Dani Cabrerahttp://www.blogger.com/profile/06879638159709237770noreply@blogger.com0